Onde nasce uma linha de mobiliário urbano?
Entre os designs de mobiliário urbano que criou, há um que certamente viu no aeroporto de Barajas: o Banco Compás.
Também pode vê-lo na exposição permanente do Museu de Design e Decoração The Chicago Athenaeum, mas suponho que não esteve lá.
Conhecêmo-lo (ao Miguel Ángel, não ao banco :D) quando nos procurou para fazer uma experiência com o material com que realizamos fachadas.
Ele queria criar uma luminária com material de construção.
Nósprocurávamos um designer que nos cativasse com a qualidade da sua obra e que, além disso, estivesse em sintonia com os valores da ULMA.
Assim começou a nossa colaboração. Como dois rios que confluem no mesmo mar, juntamos forças para criar uma linha de mobiliário urbano.
“Através do material, a minha intenção era passar do imóvel para o móvel. A ideia de criar um móvel com um material de construção era o desafio”. Miguel Ángel Ciganda
Durante meses concentramo-nos em otimizar o material para a sua fabricação, fazendo ajustes na proporção de agregados naturais com que está composto.
Também pusemos foco nos testes de produção, isto é, criar os moldes, estudar os tempos de cura, acabamentos, etc.
Todas as tarefas a que o nosso departamento de I+D está habituado.
Porém, o mais difícil de todo o processo foi um detalhe inesperado:
Miguel Ángel não parava de nos apresentar modelos e mais modelos.
Escolher entre algo bonito, elegante, de fácil manutenção e cômodo, e outro modelo bonito, elegante, de fácil manutenção e cômodo, foi exaustivo.
Selecionamos juntos 29 peças e chamamos LUR à nova coleção, pedindo-lhe que não nos mostrasse mais modelos.
Contudo, sabemos que enquanto lê isto e os primeiros pedidos de mobiliário urbano estão sendo preparados, Miguel Ángel Ciganda já tem uma pasta com novos bancos, jardineiras e grades de árvore.
Ou duas.
Acreditamos que os modelos que criou para a coleção são brilhantes. Mas claro que nós não somos designers nem arquitetos.
Quem pode dizer se estamos no caminho certo ou não é você.